Sons
do Universo
Quando
me encontro sozinha
em dias claros ou noites escurecidas
chego
a crer que não há som que amenize
a
dor, na sensação de encontrar-me
num
vácuo inóspito, irritante, sem saída.
Se
me abandono no silêncio que domina
passo
a perceber com sutileza:
músicas,
barulhos, tênues estalidos,
crendo
existirem os sons, é só ouvi-los.
Estes
sons invadem pouco a pouco minha alma,
fazendo
cicatrizarem suas feridas, os sentimentos mais profundos.
Então
me acalmo, me aquieto,
relembrando
com serenidade os impactos vividos.
Tudo
é música, é beleza, encantamento:
os
sons das chuvas, dos ventos, do silêncio, dos movimentos,
atmosfera
que me envolve, me preenche, me levanta.
Fico
inebriada com as sensações sentidas
Deixando-me
levar pelos sons do universo
Que
me vivificam.
Recobro
a coragem, saio do marasmo
digo
adeus a letargia.
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