terça-feira, 7 de dezembro de 2010

Pensando em você


Quando a brisa da manhã toca meu corpo
Aspiro então o cheiro das flores agrestes
Me embeveço com o sol que me estremece,
Me aquece, me ilumina, me inebria.


Quando piso na areia fofa da praia
Entrando por meus dedos nela afundados
As ondas do mar se espumam em mim
E suas águas me levam e trazem para a areia
Mais pareço uma sereia.


Olho então para as nuvens que se espalham
Pelo horizonte tão longe e infinito.
Sinto dentro de mim, qual um grito,
O amor tão belo e pleno que me agita.


Amo você na natureza
Na calma, no barulho
No murmúrio do vento
No balanço das folhas que produzem
A musicalidade do silencio.

domingo, 5 de dezembro de 2010

Espelho d´água

A umidade da noite se condensou no orvalho
Irrigando a natureza multicor.
Os raios de sol, ainda tímidos, beijavam a natureza
e o orvalho cintilava, que beleza! Como mil arco-íris
enchendo de encantamento, alegria, paz, amor,
até o pobre sofredor.


O orvalho que salpica as pétalas das rosas,
parecem pedrinhas de brilhantes, estrelas cintilantes.
Respira-se então, o ar puríssimo, paz infinita
fazendo disparar os corações, até os endurecidos
pela vida árida, sofrida, em desalento.


Vislumbra-se no chão rochoso, um espelho d`água
que também brilha, cintila, reflete e se agita.
Suas águas vão ficando pouco a pouco,
bem tranqüilas, refletindo
a imagem da vida, da natureza agreste,
do sol que ilumina, e
de nossos rostos quando olham, bem de perto,
no filete que retrata as expressões da vida.


Este espelho, não vai durar muito.
Logo o sol vai esquentar tudo e evaporar
a água, que ficou ali represada,
não por muito tempo.
E então, o solo ficará bem seco e o espelho d`água,
será então desfeito.


Sejamos como a natureza e os espelhos d`água.
Saibamos nos entregar, sem resistência,
A cada instante.
Sem termos quaisquer preocupações,
Com os momentos, sejam eles,
Quase eternos, longos ou brejeiros
.

Amanhã sai o sol

A chuva não para.
As nuvens densas escondem a terra!
Ah! Que saudade do sol, das aves e animais.
Das paisagens verdejantes e multicores
Encantando nossos olhos com seu brilho, com suas cores.


A chuva limpa, lava, fertiliza, as vezes estraga, e como!
Porém, nada como acordar com as manhãs bem claras,
E o anoitecer com o luar brilhante!
E o céu?! Recamado de estrelas resplandecentes.


Venha sol! Já estou com grande saudade.
Sinto já as fragrâncias a exalarem,
Principalmente pelas manhãs!
Contemplo o mundo mais sorridente,
Crianças a brincarem numa euforia contagiante.


Percebo, exultante a vitalidade e alegria,
Em todos que meu olhar encontra.
E sinto, realmente, doce e suave encantamento.

Sol! Venha logo para aquecer as planícies,
As encostas, as nascentes.
Já estou saudosa das aves voejantes,
Das abelhinhas e beija-flores que,
Com seus bicos delicados
Esvoaçam sobre as flores, numa dança frenética e,
Ao mesmo tempo bem silente.


Logo vai sair o sol e haverá mais risos,
Alegrias, músicas e esperanças
A brotarem em todos nós.


quarta-feira, 24 de março de 2010


Reflexo



Por que você está nesta tristeza imensa?
Foi a tristeza que entrou sem lhe pedir licença
ou foi você quem a deixou ficar?



Não sei por que seus olhos irradiam indiferença
Será tristeza, descaso, marasmo,
Ou são só lances a embalarem seu distante olhar?


Não se deixe mergulhar na letargia
Mesmo que esteja vivendo na fantasia
Ou procrastinando, sem saber,
Dias alegres, felizes, prestes a apontar.



Permita-se sorrir com os olhos e com o rosto todo
E o seu corpo inteiro refletirá a felicidade
e com ela, só coisas boas vivenciará


Quem lhe olhar se contagiará, por certo,
E a alma gêmea atrairá, mesmo que não esteja perto,
E ambos vão cantar o amor acalentado


Você, com certeza vai sorrir para o mundo todo
Espalhando amor, paz, alegria,
Na mais completa sintonia
Que seu coração jamais sentiu algum dia.

segunda-feira, 1 de março de 2010

Contágio


Os instrumentos ressoam
Lindos sons se vão ao vento
Se expandem qual lindas cascatas
Lembram-nos doces serenatas


Quantas nuances exprimem
Tocando-nos os corações
Despertam em nós sentimentos
Mais de alegria, cascatas no chão!


Divagamos então nos espaços,
No tempo. Sentimos o rebentar das águas
Que caem das cascatas, agora são mansas,
Dominadas. Parecem-nos feras domadas.


Os sons cortam o espaço e o tempo.
Voam nossos pensamentos
Ao passado que saudade!
Que lamento.
Ao futuro? Esperança, só alento.


Os sons que penetram na alma
Trazem-nos, sem dúvida, a calma,
Apaziguam-nos o coração.
Se tristes antes estávamos
Agora alegria sentimos
E já chega a noite então.