quarta-feira, 30 de maio de 2012

Sons do Universo

Quando me encontro sozinha
 em dias claros ou noites  escurecidas
chego a crer  que não há som que amenize
a dor, na sensação de encontrar-me
num vácuo inóspito, irritante, sem saída.

Se me abandono no silêncio que domina
passo a perceber com sutileza:
músicas, barulhos, tênues estalidos,
crendo existirem os sons, é só ouvi-los.

Estes sons invadem pouco a pouco minha alma,
fazendo cicatrizarem suas feridas, os sentimentos mais profundos.
Então me acalmo, me aquieto,
relembrando com serenidade os impactos vividos.

Tudo é música, é beleza, encantamento:
os sons das chuvas, dos ventos, do silêncio, dos movimentos,
atmosfera que me envolve, me preenche, me levanta.

Fico inebriada com as sensações sentidas
Deixando-me levar pelos sons do universo
Que me vivificam.
Recobro a coragem, saio do marasmo
digo adeus a letargia.