quinta-feira, 28 de abril de 2011

Foto: Ana Santi



O Primeiro Beijo

O primeiro beijo, guardo com saudade!
O encontro de nossos lábios, aveludados,
timidamente encontrados.
Depois, nossos lábios se abraçaram.
Nunca mais esquecerei as sensações sentidas,
de nossos lábios entrelaçados.

E as palavras de amor, sussurradas,
nos lóbulos de nossas orelhas,
fazendo-me estremecer completamente,
Por tanto amor sentido e tanto amor doado.

Quando conversávamos, nossos rostos quase unidos.
os diálogos nos aproximavam,
pois em uníssono sentíamos,
com os corações disparados.

Ah! Já faz tanto tempo. Ficou contudo bem gravado,
vindo sempre a tona os sentimentos,
como se fossem agora renascendo,
pois um grande amor jamais é esquecido.
Será eternamente acalentado.

quarta-feira, 20 de abril de 2011

Desalento


Quanto desalento no andar desse andarilho!
Por que abandonou tudo e ficou perdido?!
Por que se desligou da luta? Seu olhar é vago,
triste, sem alegria, sem esperança, amor, desamor.

Parece-nos um amorfo a caminhar sem rumo.
Terá sido talvez, desengano de amor ou fracasso do viver?
Sua expressão é de extrema indiferença.
Desligou-se talvez das raízes da existência!

Surgirá novo caminho que o interesse!
E voltará a viver, sorrir, amar,
sem padecer a solidão tão desgastante.

Talvez baste uma gota de esperança, alegria e entusiasmo,
para fazê-lo sair desse cruel marasmo,
passando a caminhar convicto, com os pés no chão!

terça-feira, 19 de abril de 2011

Foto: Ana Santi



O Canto do Silêncio

Ouço a voz do silêncio de minha alma.
Branda, tranqüila ou grita e silencia
Buscando constantemente a paz:
nos recantos da vida, nos encantos da natureza
No céu, na terra, no mar.

Minha alma grita, canta em uníssono,
as vezes, como uma orquestra sem maestro,
pois, para ela, a natureza comanda os compassos,
as alturas, buscando no chão, nas altitudes,
o tema para orquestrar.

Meus sentimentos aspiram outras dimensões, outros tempos.
Busca outros momentos e sentimentos
muito além dos horizontes, acima dos arco- íris,
o tema para orquestrar.

É um delírio cantar com nossas almas.
Desfrutarmos de bens muito distantes.
Músicas tão inebriantes
mais parecem orquestras de querubins, serafins,
anjos e arcanjos, gaivotas
a sumirem, nos espaços sem fim...