sábado, 20 de julho de 2013


E o tempo passou....

Quem sempre viveu só pelo dever,
não se permitindo conviver descontraidamente
não preencheu sua mente com as belezas,
com as alegrias, com as euforias,
Ficando emperrado, amorfo, sem expectativas.

Para quem só valeu o dever,
buscando sem saber o que,
Com certeza está agora vazio, empedernido,
sem condições de ser aprazível,
 aos que deles se aproximarem como amigos.

E o tempo vai passando.
O homem do dever vai envelhecendo.
O que é pior, sozinho e angustiado,
pois nem para o dever mais serve,
estando sua alma e suas forças fracas, estremecidas.

Se perguntarmos a ele:
você viveria novamente dessa forma!?
Com certeza nos responderia com agonia, mágoa, melancolia:
é preciso saber dosar o dever com o lazer
e com  a euforia de viver.
Bruma

Amanhece.
Olho através da janela.
Nada vejo. As vidraças chamuscadas,
Totalmente embaçadas.

A medida que as horas passam,
Escorrem gotas de água,
descortinando belas paisagens.

Foi intensa, gelada,
a neblina da noite e da madrugada.
Quantas vezes sentimo-nos envoltos por ela.
O coração gelado, nosso humor amargado.

A medida que o sol vai aquecendo
Vamos nos alegrando,
Não mais entediados.

A felicidade depende do prisma focado.
Se algo não nos agrada,
Deviemos o olhar para o outro lado,
As agruras ficarão inertes,
 no passado.



Que noites!

Noites com luar e com estrelas!
Perfume pelo ar, da natureza
que nos parece sorrir, com simpatia
transmitindo paz, alegria, aos momentos.

Noites de luar.
Perfumam nossa vida
Cicatrizam nossa alma então ferida,
Fazendo-nos vibrar com as esperanças loucas.
Se triste estávamos agora, nem um pouco.

O luar clareia a vida e os caminhos,
Faz-nos enxergar os buracos, os espinhos,
levam-nos a perscrutar o horizonte
com  constelações que brilham oscilantes.

Como é bom caminhar ao luar,
de mãos dadas com quem amamos,
sentimos então firmeza ao pisar
vendo que tudo ao derredor é aprazível.
Graças a companhia deste amor incrível.





quarta-feira, 3 de abril de 2013


           Ecos
São sons que após emitidos são repetidos e ouvidos
dando-nos a impressão que outro respondeu.
Se atentarmos com muita sutileza,
é possível interpretar os ecos com destreza.

Os sons emitidos com palavras alviçareiras
como: amor, esperança, paz,deslumbramento,
devolvem-nos sons alentadores
de alegria, paz,harmonia, o tempo todo.

Precisamos cuidar com as palavras emitidas,
Voltam para nós, como os ecos produzidos,
porem, bem mais agressivas!
deixando-nos magoados, sem saída.

Os sons que aquecem o coração da gente
tornam-nos dóceis, afáveis, bondosos, compreensivos,
com carinho passamos a emiti-los
fazendo palpitarem corações, até os mais duros

 ou mais sofridos.

sexta-feira, 29 de março de 2013


Esperança

O sol se escondeu antes da hora.
A chuva despencou e tudo escureceu.
Depois de algum tempo clareava tudo,
a chuva passava e o sol cismando aqueceu.

Parece que tudo reviveu como por magia:
lojas reabrindo, pessoas caminhando,
crianças a brincar com alegria,
não se dando conta do que aconteceu.

A vida é como a chuva e o estio.
Precisamos aprender com tudo isto,
para não nos judiarmos inutilmente,
ficando exauridos, chateados,
com os trancos da vida que se viveu.

Precisamos encarar cada momento
e, em todos eles, ter muita esperança,
olhando para frente com entusiasmo
crendo sempre que o melhor
ainda não aconteceu.