sábado, 18 de junho de 2011



Foto: Ana Santi



Janelas da Alma

Abra as janelas do seu coração.
Saia da escuridão e contemple:
a natureza, o céu, sentindo a brisa enquanto espreita.

E , pouco a pouco, como que por encanto,
você vai sentir tudo com alegria.
A luz vai brilhar em seu coração
Como um espelho, vai irradiar ao mundo inteiro:
amor, paz, segurança, alegria, calma, esperança.

Abra as janelas, recue as cortinas.
Não viva trancafiado em sua casa
como se ela fosse, sua eterna oficina.
Deixe a claridade entrar e tudo ilumina
expulsando as trevas, as tristezas, as agonias.

Tire de si seus dons e os ponha em prática.
Faça com que todos deles usufruam
desses bens e tesouros que esconde
nesse seu mundo tão bisonho.
Tudo então vai despertar, como por encanto.
Até o universo inteiro sentirá tanta magia.


Pássaros sem asa


Quando não há bloqueio a gente se manifesta:
Concorda, discorda ou contesta.
Caso contrário, retraí-se, cala,
se encolhe, se esconde, se apaga.

Os homens agem como se asas tivessem.
Constroem, destroem, progridem, regridem, se escondem:
pela catatonia, abulia ou moléstias incapacitantes,
que lhes travam, ficando sem asas para tudo.

Raramente compreendidos, ficam bem longe, banidos,
qual vela que já se apaga.
Seu grito é surdo, não ouvido, são só vácuos ou gemidos.

Sempre existirão almas altruístas
que os levem a viver e existir,
ousar , sonhar, impedido-lhes o desistir.

quarta-feira, 1 de junho de 2011

Acerte seus passos!

Passos em descompasso sem destino.
Segurei-te pela mão e aí seguimos.
Você não via a luz, nem o sol, não via nada!
Estava embotado, ressentido, magoado, drogado.

Segurei-te pela mão, você já conseguia ver:
as estrelas, o sol, a poeira que baixava.
Agora...você falava, você ouvia,
Você se deslumbrava!

Já não te segurava, íamos lado a lado.
A estrada era limpa, as luzes então brilhavam.
Era o sentido da vida que em ti brotava!

Pensei ser eu a caminhar a seu lado.
Mas, era um anjo brilhante, a despertá-lo.
Então fomos cada um para seu lado.
Você, já estava sarado!

Ví-o novamente, com multidão de jovens,
A seguirem teus passos,
agora, em compasso.
Acordei então do sono,
Aliviada!