sábado, 23 de julho de 2011

Estações da vida

Olhando a natureza, me extasio!
As nuances das cores me inebriam!
Me abandono no horizonte bem distante...
É a vida, que se descortina como por encanto, trazendo-me lembranças do que se viveu.

Meu olhar deve parecer gélido, estático,
e, o coração que tudo vê está perplexo,
tentando reviver cada momento,
que tanto encanto deu.

Tentar resgatá-los é impossível!
Pois, já me encontro em descompasso,
bem distante,
não mais no tempo que a névoa escondeu.
E, mesmo que venha o sol inclemente,
e, a nuvem densa se disperse,
nada mais resta daquilo que foi meu.

Agora, se me restam as lembranças:
De minha mocidade e dos tempos de criança,
com tanta pureza, encanto, beleza,
nas coisas mínimas e singelas que,
agora não me tocam mais .

O coração fica apertado.
Lágrimas engulo angustiada,
pois não pude segurar quase nada,
daquilo que não esqueci.

Aos poucos, sinto-me perder nas asperezas,
não me dando conta da velocidade
da vida, de tudo que vivenciei,
mas que, tentei a custo enganar-me,
insistindo de que, nada se perdeu.

Senti passar também a mocidade.
Veio o outono! Que saudade!
Das primaveras, luas claras, estrelas cintilantes,
que, até me parecem ser quimeras inebriantes,
forçando-me a acreditar que após,
só de aridez que se viveu!

Volto então os olhos ao presente,
acalentando com carinho cada instante,
antes que o inverno inclemente,
me surpreenda,
e, tudo já escureceu!

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